Enquete


Adoro enquete, sempre que vejo uma, respondo em seguida. Quando dá tempo, verifico o resultado final . As enquetes dos jornais, como o Povo, já nos sugere a resposta dos outros tantos anônimos, que como eu, respondem aos questionamentos.


Uma enquete do O Povo chamou-me atenção no final da tarde de ontem. Perguntava se eu era mais ou menos louca ou se normal. Adivinha qual foi a minha resposta, sem titubeio? O engraçado é que a maioria respondeu igual: meio loucos.


Quando penso em loucura, vejo a irascibilidade que existe em mim, que surpreende que mexe com a ansiada vontade de dominar os instintos ainda tão gritantes. O cérebro novo sendo dobrado pelo reptiliano... quando serei mais suave?


O que lamento são as oportunidades oferecidas nas quais poderia ensaiar gentilezas e não correspondi. Cismo o pensar querendo a fraternidade que só ensaio com algumas pessoas e em determinados momentos, porque na maioria, eu sou bem menos.


Ah, mas não pense que entro em parafuso. Estou aprendendo a ser leal com o que sinto. Afinal, um ser em processo contínuo de evolução não pode ficar pegando atalhos, interrompendo a camianha longa que me aguarda.


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