
Assumo a voz na interpretação dos versos, torno-me musa inspiradora. Sou a letra que soa nos ouvidos da alma. O trem descarrilha e não perco a poesia. Miro imagens longínquas. Por isso o meu amor pelas casinhas nas estradas. Parecem esquecidas no tempo, vazias de sentimento de progresso.
Lembro os grandes cabelos, que pesados venciam a força do vento. Havia tanta sonolência no futuro escondida pelo sorriso infantil!
Quando desenho a vida de sossego que o imo aflinge, entro naquela casinha de beira de estrada, sob a sombra de uma árvore, sem frutos ainda, mas com uma promessa de alimentar a paz.