
Estive pensando sobre a semeadura do caminho para quem acha que a vida não é mole. Dentro de mim, uma voz me chama atenção para o que vem sendo plantado. Qual a cultura que tenho regado com carinho e quais as sementes que deixei morrer no tempo...?
Eu costumava me cobrar ação em defesa dos direitos, mas lembrava quantos deveres viriam. E eu me deixei ficar quieta no gesto e inquieta, aos gritos, na mente.
Olho com pesar os vitimados das enchetes que se repetem não pelo volume das chuvas, mas pelo descaso, pelo deixa a coisa correr.
Miro com atenção cuidadosa crianças ocupando lugares antes proibidos quando a infância merecia mais cuidado.
Espanto-me diante do número elevado dos que respondem 'as omissões. Neles a psicoadaptação estimulada pela química.
E um certo sentimento de inutilidade ameaça me invadir. Poderia ter feito algo mais? Deveria ter gritado mais alto?
Todos os clamores e o elevado número de adolescentes vivendo 'a margem da vida, ignorando todas as regras sociais, porque é em si,e já nasceu ignorado. Vejo que o joio cresceu mais rápido e mais alto que o trigo.

imagem Jose de Abreu
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