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Já sei quase tudo sobre o acidente do avião da TAM, com exceção do que causou a tragédia. É impressionante como a imprensa se mostra competente, precisa, rápida, consistente, presente, absolutamente flagrante em casos assim.


Para saber sobre os danos e conseqüências danosas, somos céleres: em poucos minutos, abreviamos qualquer tempo na espera para mostrar o que público tenha ou não vontade de saber. Sei porque já participei de coberturas assim.


As imagens que vi não foram somente geradas pelas equipes treinadas dos repórteres. Nem sempre nítidas por conta do amadorismo de pessoas na ânsia de flagrar o trágico usando aparelhos celulares, câmeras portáteis. O que vale é não deixar nada passar.


Assistindo a tudo no conforto da minha rede, balançando de leve, fiquei me perguntando que tipo de emoção queremos extrair de fatos assim? Isso, sem contar com a especulação, uma arma sempre utilizada porque não lhe falta munição.


O depoimento da irmã do comandante, entre lágrimas e palavras em defesa da habilidade, responsabilidade e seriedade do parente que se foi, foi realmente necessário mostrar naquele momento?


Com a tecnologia, a emoção parece enfraquecer, pelo menos no que diz respeito à imaginação. Nada mais há esconder: a tragédia em cores estampa a dor. Contudo, continuam encobertas, mesmo com a tecnologia de ponta, as razões pelas quais as falhas identificadas, não passam pelo crivo da razão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezada Fátima, Você tem razão. Tem hora que não sabemos se estão querendo informar ou simplesmente audiência. Boa Sorte.

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