Estava internatando em busca de poesias sertanejas para o programa Gonzagando. E nesse buscar perco-me no tempo para curtir de bom grado os escritos de pessoas, que vivem no mundo das letras, conquistando espaços no íntimo do ser, nem sempre pensando nos momentos deliciosos dos donos dos olhos entretidos, felizes.
Ensaiei leituras. Ainda bem que o autor não me ouvia. Acredito que me dei bem ao ler Guimarães Rosa, versos curtos e infinitamente belos. Mas foi em Fernando Pessoa que fechei questão. Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração.
Agora entendo a sintonia com o poeta. Ontem, cismei o pensar em torno da lealdade do meu sentir ao escrever neste espaço. Em muitos momentos, nem sei o que vai rolar no texto. Abro a caixa e começo. É a mente ditando ou obedecendo um ditado.
Acredito no poeta. E para mim, quem escreve poesia, se arrisca no verso verbal, escreve qualquer texto.
Um comentário:
Fátima,
Este cara é o meu preferido.
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu à pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena. (...)"
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