Depois da badalação por conta das eleições municipais, fiquei cismando o pensar sobre a questão da obrigatoriedade do voto. Iria para fila depositar a minha confiança em alguém caso não fosse constrangida a fazê-lo? Acredito que iria. Porque o pensar me indica que a obrigação é votar consciente. Na obrigatoriedade a escolha em quem e como votar permanece livre.
A Justiça eleitoral assim age para continuar garantindo o direito. Até parece meio insensato. É como mostrar para a criança que ficar parada de vez em quando vai lhe fazer bem. Que gritar com ela é necessário para alertá-la de um perigo iminente.
Será que estaríamos prontos para escolher se devemos ou não votar? E como funcionaria a barganha política? Consultei alguns colegas de trabalho. Respostas diferentes para o mesmo questionamento. Apenas uma minoria acredita que o número de votantes diminuiria, mas que a iniciativa livre, expontânea, limitaria a coação e a chantagem.
Eu pagaria para ver, e você?
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