Na rede

A professora Adísia Sá chamou a minha atenção para o fato de que estou muito ligada à idade. Gente! E ela está certa. Só que o pensar leva tempo muitas vezes curto demais. Afinal, o pensamento é a carruagem veloz das ações nossas. Está sempre antecedendo o que posso fazer. Ainda bem, nesta mente louquinha minha, os teclados do computador conseguem acompanhar-me. Não sei mais escrever - com letrinha arrumada - a mão. São rabiscos difíceis até para quem escreve decifrar.

Em meio aos anos passados e os que estão para vir, fico satisfeita em identificar nos meus arquivos de coisas que não fiz. É incrível lembrar algo que não se fez. Se não vejamos: nunca posei sem rir; nunca posei de costas, destacando um dos "produtos" mais "vendáveis" do Brasil, assim como também nunca atravessei ruas sem olhar para todos os lados, mesmo quando as vias com mão única.

Não fiz e gostaria de fazer: publicar livros(sem a preocupação com vendas) fazer vasos de cerâmica com artes inspiradas no momento, com direito a fornos. Fazer mais bolos confeitados comemorando aniversários dos filhos e dos netos. E, se der.... uma rede com flores bordadas ou pintadas, com quatro pés disputando o seu espaço. Existe algo mais acalentador do que coçar com outro, o pé de alguém que se afina conosco?

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