Às vezes penso que me basto,
que tudo é efêmero,
que basta ler uma poesia
e aí me encontro.
`As vezes não quero pensar nada,
mas a mente é inquieta.
Sinto uma enorme necessidade de brilho,
aí procuro me retocar.
A cara pálida necessita de cores artificiais.
Só que também é rápida como o pensamento que flui,
que se perde.
Às vezes percebo que nada me basta,
quero muito mais,
é preciso crescer, melhorar o mundo...
E que a solidão não existe...
É porque tenho canto de pássaros,
tão disciplinados,
eles não desafinam
assim como eu, diante do meu pensamento agora.
As borboletas são outras companheiras
só que elas têm pressa...
Mas, numa noite de muita emoção, uma pequenina pousou em mim
e assim ficou coladinha na blusa branca
Quanta emoção senti!
E vi que nunca estarei sozinha com o pensar confuso
que a amizade verdadeira é eterna
e que Deus, ah sim! ele olha o tempo todo para o que faço,
para o que sinto...
A borboletinha não foi um adeus, muito pelo contrário: é a doce presença de quem foi doce por muito tempo comigo.
Há algum tempo gostaria de ter lhe dito que a sua ausência física me faria muita falta. Mas como é bom saber que você vive!
(uma pequena homenagem para o amigo Narcélio Limaverde).
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