Na invenção dos negócios, fico cismando o pensar da forma mais galhofa que conheço. Ou seja, se vender é porque desisti de morrer? Tento colocar aqui um tempero humorístico porque comprar jazigo sempre foi visto como algo sinistro, aliás é assim que se chama morrer.
Mas, o que quero aqui dizer é o seguinte: vou ter mais duas contas para pagar. E foi o que lembrei para o vendedor. Homem, faça algo de futuro, disse-lhe, no que retrucou: mas é o nosso futuro, dona Fátima! Boa ponderação, no entanto, o que há de se fazer?
Como um analista financeiro veria esse tipo de negócio. Até imagino a resposta: e pra vida toda, porque ninguém vai querer brigar pela herança. O jazigo é um negócio seguro. Ninguém vai mesmo disputar comigo por isso. Ou iria?
Um comentário:
Curioso investimento, sendo daqueles que quanto mais tarde render frutos melhor. Nesta nova economia global, ávida de “negócio”, a hipoteca da nossa morte já rende dividendos a alguns vivos. É um ramo de negócio no qual nunca irei investir, espero mesmo que renda muito prejuízo, será um sinal de vida.
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