A poesia matuta é rica. Alimenta a alma com gosto de terra e cheiro da mata. Lembra arranhões provocados pelos galhos das plantações na pele, quando o choro é a razão do poeta. É arco - íris quando fala das cores do amor e lembra vassouradas quando afugenta a solidão.
Fico assim matutando, conversando com os meus botões quando leio os rústicos do sol, empoeirados de embevecimento, esperando a lua chegar para cantar o amor que lhe corrói a alma, mas por não ser intelectual, apenas faz rancho na saudade.
A poesia não tem dono, mas tem administrador. O diabo é a sequência do verso que por ter rima pobre, nem sempre alcança alguém que fique rico só de inspiração, quebrando a rotina da lida insana em busca do aconchego bom.
Um comentário:
A poesia não é o meu forte, aliás, ainda sou bebé na arte das palavras. As minhas palavras, os meus textos, são também resultado do meu próprio “matutar”. Talvez á procura de alcançar um velho ditado: Quem “matuta” sempre alcança! No entanto, á minha maneira e de acordo com o meu próprio entendimento, sei reconhecer um belo encadeamento das palavras. Gostei, pois também eu me farto de matutar!
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