Nem in e muito menos out?



Eu gosto de paquerar as observações do tempo do pesquisador Nirez. Na edição de O Povo de hoje, ele lembra a depredação do quartel do Corpo de Bombeiros. Fiquei cismada. Era o ano de 1968, eu contava 14 anos e nada guardo desse dia. Também, pudera, alienada era a tônica da adolescência.


Guardada sob fortes rédeas domésticas, quem disse que eu iria as ruas atacar ou ser atacada? Out de tudo - como diria uma colunista social - mas nem menos infeliz. A adolescência tem dessas coisas. Uma vontade enorme de brigar contra a experiência que tenta frear a vontade indomada de conhecimento.


Nessa luta travada, eu perdia sempre sob o punho forte da família, que me mandava calar a boca sempre quando saía em defesa do que ia na cabeça. Percebo que nunca foi muito ventilada a mente, chegava até a ser comedida demais.


Lembro agora uma passagem de um ser intelectual que me chama atenção: a adolescência é uma grande floresta: verde, forte, viva e pouco conhecida. Pois é, você sai dela sem se dar conta de que arrumou um monte de ações efêmeras, mas que necessitam ser administradas por toda a fase adulta.

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