Respirar




Tenho falado muito sobre Fortaleza. É que, apesar de passar o dia entre paredes, a Cidade sobrevive lá fora, reduto de habitantes, na maioria alegres. Eu sempre gostei muito de verde, não falo da cor da tinta dos muros e janelas. Falo em respirar. Devido a isso, as pracinhas e algumas áreas verdes são as minhas preferidas.




Não tenho tido o prazer de ficar horas sem nada em me ocupar em algum banco de praça. Apesar de algumas praças - a próxima à minha casa é cuidada - estarem praticamente maltratadas. Somos nós mesmos sem o desvelo necessário. Mas, a praça perto da minha casa, florida e verde, é um convite para o deleite ao nada fazer. Contudo, falta alma, que acalanta, que abriga. E isso nenhum administrador vai me permitir.




As plantas regadas diariamente, o chão mais ou menos limpo, não me dão garantias para a tranquilidade necessária. Enfim, como respirar ar puro, quando ao meu redor flui insegurança?

Um comentário:

Eduardo Andrade disse...

Fátima,
As praças só se justificam se houver pessoas, caso contrário não passa de “elefante branco”, neste caso, “elefantes verdes”...
É um lugar de conhecer pessoas, jogar conversa fora, praticar esportes, e atividades culturais.
Abraços,

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...