Ingenuidade?


Estava conversando com o meu self a respeito da ingenuidade. Aquele tempo em que você acredita que bico de cegonha é para carregar pano branco com um bebê a bordo. Ou que papai Noel é um santo alegre e bonachão que entra no seu quarto deixa presentes, mas só se os lençóis não estiverem molhados.

Pensando o quanto se engana criança, o quanto se mente, é para ficar de orelha em pé com uma vontade danada de dizer que danação de criança é apenas uma resposta ao medo que se faz. Fui uma menina extremamente medrosa. O escuro, as folhas das árvores balançando ao vento, uma batida não identificada faziam o meu sangue pulsar com mais rapidez e os nervos tensos não me permitiam dormir.

Ser ingênuo, portanto, seria o trouxa? Não me aceito assim. Fui criança censurada, num tempo em que menino não ficava na sala para ouvir conversa de adultos; que não podia pedir mais um pedaço de bolo por ser falta de educação; e, muito menos, responder aos pais. Tinha que engolir até o choro. Que tipo de adulto é o resultado dessa pressão?

Um comentário:

Eduardo Andrade disse...

Fátima,
Existe uma mensagem natalina para você no site http://www.burrofalante.com.br/ com o título “Os lençóis molhados de Fátima”.
Um abraço,
Eduardo

Narcélio, a vitrine que espelha

 "Quero morrer trabalhando. Não aposentarei atividades. O rádio é a minha vida". Frases repetidas, inúmeras vezes pelo amigo Narcé...