Estava ouvindo, de novo, as músicas de Luiz Gonzaga. Que diferença a mulher pro homem tem? Gal Costa perguntava-lhe e a resposta destacava os cabelos no peito masculino. Aspirantes ao crescimento moral e científico, os dois representantes dos gêneros que na humanidade se confundem, fundem a cuca de qualquer um.
Cismo o pensar e lembro frases quase chulas para definirem homem e mulher e suas relações nem sempre pacíficas. Homem só serve para duas coisas: fazer raiva e falta. Mulher é como papel só serve com peso em cima. Acabo de recordar que na adolescência esses comentários ao mesmo tempo em que me arrancavam risos, deixava ao final, um certo azedume.
Naquela época em que todos sonham com alguém para fazer par, espera a alma gêmea que lhe sorria e preencha espaços vazios... era uma luta sem fim. Mamãe cobrava-me comportamento disciplinar, condizente com uma mocinha de família. Papai, por sua vez, aconselhava uma profissão segura para garantir sustento: O melhor marido de uma mulher é o emprego.
Cada um com sua vivência e roteiro de vida para a debutante. E por que eles não seriam o meu exemplo? É como aconselhar a minha filha Érica que largue o jornalismo. Como agir assim se as letras são o meu maior atrativo e os fatos que me ajudam a ser ator social?
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