A tecnologia é fantástica. Um dia desses, como diz o meu pai, estava teclando com força no mindinho a letra A da máquina Olivetti, companheira de todas as horas, parceira de muitos textos que me renderam salários mensais. Quando o computador apareceu na minha vida, não tinha mouse. Depois de levar uma pequena surra do insert - fiquei louca vendo as letras num processo de autofagia sem fim - até descobrir que bastava teclar a danada e resolver a questão.
Fiquei craque no Ctrl B para salvar tudo. Até hoje faço assim. Respiro o final da frase e já vou salvando que não confio nesse bixim. Mas, como dizia, a tecnologia é fantástica, o papel carbono me dava cópias que não achava borrada e nem ficaria com inveja da impressora laser de hoje. A gente precisa aprender amar as coisas que nos dão vida.
Acabo de ver o primeiro mouse e informações dando conta de que o nosso ratinho vai nos deixar em breve! Seria um adeus à LER? Iremos nos adaptar com certeza, considerando que somos seres miméticos. Num passado de iluminismo os grandes filosofos escreveram com pena sobre os pensares que nos auxiliam até hoje. Da pena ao mouse, o homem pega emprestado os animais para dar nome à tecnologia de ponta.
Seria um indicativo no futuro de coisificação generalizada?
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