Não sei porquê, mas hoje pela manhã, enquanto fazia o café, pensei em rosas. Veio a imagem da roseira do quintal, com seus galhos espalhados e de flor solitária. As roseiras são assim. Não florescem muito. Diferente daquelas flores que nascem nas ruas do meu bairro, sem o menor trato. Elas se espalham e o amarelo enfeita o asfalto.
A roseira precisa de atenção: ser regada diariamente, arrancadas as folhas secas, e ainda cutucam a pele com os seus espinhos, mas a flor é de uma beleza incrível.
Enquanto isso, na calçada, as esquecidas amarelam o homem indiferente que as arrancam sem o menor pudor e continuam otimistas quando deitadas ao lixo. A rosa vermelha depois do olhar e expressões de contentamento, são guardadas em vasos cristalinos e ganham lugar de destaque na casa.
Na flora do mundo não sei o tipo de flor que expresso. Sei que tenho espinhos, resistência à indiferença e, teimosa como o mato, a erva daninha, que basta a luz do sol e, de vez em quando, algumas gotas de água da chuva, para manter-me viva.
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Um comentário:
Certamente, você dissemina a sutileza da rosa sem acúleos, por ser a mais encantadora das espécies da Babilônia.
Hahahaha...
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