O pensar: Passarinhando
O pensar: Passarinhando: O passarinho e o entulho. Para minha imensa alegria ele não se importava com o lixo que me tornava a mais infeliz das criaturas. Olhando o...
Passarinhando
Para minha imensa alegria ele não se importava com o lixo que me tornava a mais infeliz das criaturas. Olhando o resultado de uma obra inacabada, nem o café que tanto amo, me acalentava.
Orando, continuei olhando o bichinho que bicava o chão dos dejetos e parecia que se alimentava. O vento soprou mais forte e veio com a poeira, que também me incomodava.
Atrevi-me a despir o manto da tristeza e fui passarinho, transformando em alimento o que consumia a esperança.
A dança
Lembro do espanto do convidado diante da minha petulância.
Imagina, se isso era comportamento das boas meninas.
Acredito que de boa - para o parâmetro social- cometia pecados.
Era assim, apesar da vigilância acirrada da genitora, conseguia soltar as minhas.
Romper barreiras era um ímpeto contido, mas de vez em quando elástico.
E quando o par não atendia a sôfrega vontade de ser guiada pela música, dispensava-o com cortesia.
Lamento.... cansei!
Palavreando

Seria presunçoso resumi-las apenas para o trabalho?
Quem me ouve?
Quem me fala?
O silêncio - dizem - que muito nos dá recados. Desbancando quem defende a neurolinguística, o nosso censo já nos fala muito. E o calar - com certeza- faz muito mais barulho do que a boca desatenta!
Interiorizando
Quero viajar para o meu Interior.
Onde me perco sem a preocupação de retorno de onde vim.
Não me foge a lembrança intestina da qual tento em vão escapar.
A viagem sem setas no caminho me conduz pelo instinto da preservação.
Venço o vento das ideias furtivas; o sol que deixa de iluminar e muitas vezes o flagro queimando as esperanças; a distância que não alcanço.
No passeio pelo meu Interior, a figura com a qual mais pareço é a pessoa que deixei lá fora.
Pra ser rei basta ter coroa?
Ah meu rei, ah se a minha coroa em ti coubesse.
Tua testa brilharia por uma eternidade....
E de que me serviria uma coroa se tenho espinhos na cabeça?
Pergunta azoada, essa!
Um rei é capaz de qualquer coisa. Experimenta!
Malfadado, espichou o braço preguiçoso e num gesto quase impetuoso...
Pois num é que a bicha deu!
E agora? o que faço eu?
Ora homem, bota a capa e avoa. Vá para onde irão os mais abastados...
E você, agora sem coroa, o que fará?
Vou catando o tempo que perdi enquanto pensava ser o todo poderoso.
Tua testa brilharia por uma eternidade....
E de que me serviria uma coroa se tenho espinhos na cabeça?
Pergunta azoada, essa!

Malfadado, espichou o braço preguiçoso e num gesto quase impetuoso...
Pois num é que a bicha deu!
E agora? o que faço eu?
Ora homem, bota a capa e avoa. Vá para onde irão os mais abastados...
E você, agora sem coroa, o que fará?
Vou catando o tempo que perdi enquanto pensava ser o todo poderoso.
Devaneios

Erguia braços com mãos soltas tentando prender-me no ar
Tudo tão volátil.
Transparência nuas,
Vagas andanças no que julgava ser paraíso.
Invejava o ébano e suas raízes despojadas
Na cultura da seiva perdia-me num soluço do tempo!
Regulando...
A geometria não me atrai, mas as formas sim.
O redondo no quadrado
é uma alegria que desaponta o pensamento retangular.
O triângulo é de quem mais gosto porque é movimento calculado. Não se perde
na medida.
Mas, confesso, de todos os modelos que nos é apresentado, o cubo é o mistério que me sonda...
Tempo, tempo
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