O tempo não pára.
Quem não sabe disso?
E quem não deseja loucamente segurá-lo?
Quando o tempo mostra sua cara diante do espelho real, a fantasia grita porque quer a adolescência dos sentimentos.
O que é permitido para alguém que nem mais cora diante de algo que antes mexeria com a sua libido? É prova de maturidade? É irreal?
Não me olhava tanto assim no espelho, pelo menos não lembro por quanto tempo aproveito a imagem refletida e busco reflexões.
Ainda estou muito estranha. Quem é você? Este corpo me pertence? Por que não acompanhei? É tudo tão efêmero hoje! A embalagem conta mais que o presente?
Lembro que costumava guardar as sacolas bem feitas, coloridas, os laços de fitas. Acho que numa tentativa de segurar o tempo. Só que depois de algum tempo guardadas perdiam o colorido e eu me desfazia.
Será que conseguirei sem muitas noias jogar fora os laços que desbotaram e hoje necessitam de um desligamento?
Quero me reciclar. Como preciso!
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