Uma coisa é responder com rapidez à uma enquete sobre o destino que se daria - caso encontrasse - à uma bolsa cheia de dinheiro. Estava por ali, sem ver nem pra quê, e a danada da bolsa preta caí de um carro. Ainda gritou e correu quase caindo ao tentar levantar a bolsa. Com os olhos semi-cerrados por conta do sol, o ei ei não foi ouvido.
E agora? Olhou prum lado e pro outro. O que será que tem aqui? Deve ser bolsa de mulher porque pesa muito. Procurou um lugar para sentar. Abriu devagar a bolsa. Geeente! que que é isso? Saí da miséria? Quantas onças têm aqui?
O medo tomou conta das veias, coração pulsando. E se pensarem que eu roubei? Não, eu sou honesto. E agora? nem anotei a placa do carro. Nem lembro a marca só sei que é prata. Sem perceber estava quase correndo, as pernas acompanhando o pensar ligeiro.
Pensa, pensa! Dizia para si batendo com a mão desocupada na cabeça. Entrou num banco. E se pensarem que roubei o banco? saiu apressado. Ninguém me notou. O que eu faço? quanto será que tem aqui dentro?
Antes que pudesse responder às angustiosas indagações - que situação fui me meter! alguém arranca a bolsa de sua mão. Ei, devolve, é minha!!!
Calma, querido. Você quer um cafezinho? Acabei de fazer. Fique calmo. Vender bolsa não é coisa só de mulher não. As nossas são ótimas.
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