Passamos muito tempo nessa andança auditiva e quando nos damos folga alguém vem e aí te cobra. É uma sentença. Se cai é porque foi descuidado e não foi por falta de aviso. Se é morto é porque vacilou. Se perde dinheiro é porque não planejou a vida financeira. Se bate o carro é porque é imprudente. Tantas causas e tantos efeitos!
Nós ainda temos muito o que aprender. As aulas são diárias e professores não nos faltam. Nesse cotidiano de aprendizado tenho lá cabulado algumas tarefas de classe para um recreio menos enfadonho e mais divertido. E o que é melhor: sem levar faltas no boletim corretivo da sociedade. Correr atrás do dez convencional, como bom exemplo, não zera a nossa tristeza e, nem muito, cessa a nossa alegria.
Portanto, faça por onde ser feliz: jogue fora a toga do juiz. Não complique. Se alguém não te valoriza e vive te cobrando por isso, dei-lhe um adeus. Se está fora do mercado, aproveita a pausa necessária e busque novos horizontes. E não fique achando que fez "por onde" estar na pior. Acredite: nada é por acaso.
Faz tempo que não passo e não fico por aqui. A inspiração para deitar letras nem sempre está presente. Mas, hoje pensando nesse "interstício" retorno querendo acordar o olhar sobre as coisas e sobre a mente ocupada com tanta informação. Vejo que muitos querem tirar férias do turbilhão em que vivemos. E a gente consegue?
Abraçar o amigo é apoiar a si mesmo.
Há momentos o que o mais fácil é desistir do que nos se apresenta.
Eu queria que tudo fosse enredo de filme, digo ficção, coisa de louco, que imagina misérias para o mundo, essa tal realidade de ontem, hoje e se Deus quiser não de sempre. Não tinha nem tomado café para acordar as ideias, despertar a boca, e já estava diante de notícias dando conta da loucura nossa de todos os dias de destruição.
O meu tempo de se avexar já passou. Foi o que ele disse olhando-me com atenção, sem que eu me desse conta da corrida do meu tempo.
Com quem andas? Esta frase com o português no popular - com quem tu anda? - era o interrogatório materno fazendo alerta para as más companhias, aquelas que nos induzem ao mau caminho. Santa ignorância minha, o que seriam as más companhias? Aquelas garotas que usavam saias curtas, que usavam cabelos também curtos? que saiam em companhia dos namorados, colegas de escola, que pintavam as unhas? Resmungos e mais resmungos acompanharam-me por muito tempo, que geravam uma insatisfação tão grande própria de quem não alcançava o sinal amarelo da vigilância.


