Nada mais me faz refletir sobre a existência do que quando sou sincera comigo. Quando percebo o quanto fui longe e me indago se estou pronta para a franqueza.

Enquanto na intimidade, o drama se conserva desconhecido, mas quando exposto... Ou seja, ser verdadeiro sem ser franco seria a tônica do equilíbrio no convívio social? Falar a verdade significa necessariamente ser franco? Para entender melhor: ser franco é dizer tudo o que pensa?

Alguns apostam que a franqueza não significa necessariamente a expressão da verdade. Acontece, que eu sou o que penso, portanto, se digo o que penso, sou verdadeira?
O diabo é a forma como me expresso. Por isso, fico tão reflexiva quase sempre. Não me considero insuportável porque a convivência com o self tem sido fácil. Larguei há tempos a juiza e ateei fogo verde de esperança de dias melhores, na toga. E aí um amigo me diz que além de ser o que penso, sou absolutamente o que eu sinto.
Voltando à reflexão, neste exato momento estou sendo verdadeira, portanto, franca e eu mesma porque escrevo o que sinto.

2 comentários:

Eduardo Andrade disse...

Ola, Fátima.
Frase do personagem Hamlet, de autoria de William Shakespeare : "Existe mais coisas entre o céu e a terra do que pode supor nossa vã filosofia..."
Deste modo, a busca da diferença entre o "certo" e o "errado" cabe no contexto.
Abr.

Joaquim Costa disse...

Ser ou não ser... verdadeiro! Se estivéssemos numa ilha isolada, onde estaríamos sós, acredito que pudéssemos ser verdadeiros. Ao contrário, vivendo em sociedade, presos nas regras da própria e em sentimentos pessoais, onde os nossos actos afectam terceiros, dificilmente o conseguiremos. Poucos são aqueles que dizem e fazem tudo o que querem ou pensam, que são realmente verdadeiros. Sabemos quem são ou quem foram esses privilegiados, basta consultar qualquer livro de ilustres. Uns foram ou são bons verdadeiros, outros foram ou são uma desgraça. Seja simplesmente você mesma!

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