Mulheres na chefia


Interessante a pesquisa que aponta o maior número de mulheres "chefiando" casa, famílias. Penso que muitas tiveram a iniciativa forçadas pelo abandono dos chefes, que entregaram o cargo, considerando pesado, sem vocação para continuar a frente.


Não é moleza enfrentar as contas e a responsabilidade do educar filhos, administrar casa, mesmo que pequena. O lar, que não tem a ver com as posses da família, nem sempre é levado em consideração.


Lembro também que assisti famílias inteiras que se "desmanchavam" por conta da renúncia do pátrio-poder. As esposas, coitadas, sem recursos, sem emprego, dotadas de prendas do lar, corriam para as cozinhas e lavanderias das mais afortunadas.


Para garantir o alimento dos filhos, prole numerosa, na maioria, saía distribuindo as crianças, que com promessa de estudo, eram transformadas em pequenas babás. As mais ricas e entendidas constrangiam essas crianças a adotarem posturas de bichinhos de brinquedos, para entreter as crianças. E assim cresciam, morando em quartinhos carregados de bugingangas e usando roupas que ficavam perdidas nos meninos.


Isso eu vi, participei e não preciso de pesquisas feitas por estudiosos para constatar, porque até hoje a cena do flagelo família se repete.

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