Eu não sei qual é a minha cor. Resultante de uma miscigenação, um coquetel de raças, qual foi o resultado? Se perguntar a cor da tez (nome esquisito) diria que sou pálida. Pois, cara pálida que fica lisa quando tem que responder a tal questionamento.
Sou morena, quando pego sol nas praias da Cidade. Distante do sol, a melanina se recolhe, some, desaparece! A palidez volta. Sei lá qual é a minha cor.
Seria morena porque os olhos são quase pretos e os cabelos... bom esses mudam de cor a cada humor. Já foram pretinhos, pretinhos, depois branco e preto, depois castanhos escuros e agora, dei de pau no chocolate. Seria para passar a idéia de que sou uma doce tentação? Duvido!
A mente, essa sim, é multicolor: quando sonho é verde transparente; quando viajo no pensamento é amarelo e vermelho; e quando trabalho, a memória durante as pesquisas dão um branco...
Eu sei lá qual é a minha cor. Eu só sei que sou de todas as cores porque sou fruto de uma mistura que deu certo. Então tenho o respeito pela natureza herdada pelos índios; a teimosia franca dos portugueses que cismaram com o Brasil e pará cá vieram (se foi engano, não sei) e continuam vindo; tenho a alegria dos espanhóis e a gula por massa dos italianos; a desenvoltura e criatividade dos japoneses... Ih, eles não estavam no início por aqui. Então de quem herdei os olhos ligeiramente amendoados?
Eu sei lá qual é a minha cor!
Um comentário:
Minha cor é preta, para os efeitos legais e necessários. Quero cada vez mais firmar o meu pé na áfrica!
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